sábado, junho 06, 2015
SOCABA se reuniu no NEO Bar ontem
sexta-feira, junho 05, 2015
Localizado o Lendário Bar do Araújo
De posse de preciosa informações colocadas na Fun Page da SOCABA por Rogério Alvarenga sobre a existência do lendário Bar do Araújo, percebemos que está pipocando na internet diversos videos que apontam a localização exata do Bar do Araújo que alguns diziam ser no Ceará e outros no Paraná.
A imagem que impactava era a existência de um bar entre duas igrejas evangélicas. A febre do Bar do Araújo só perdia para o vídeo Charlie, Charlie!
O oráculo nos apontou para a página E-Farsas de Gilmar Henrique Lopes que traz informações mais precisas sobre o lendário estabelecimento etílico.
Todas as informações abaixo, foram literalmente copiadas d E-Farsas:
De acordo com o site, "O endereço onde o Bar do Araújo funcionava é Avenida G, número 470, no Jardim Aureny III (obrigado, Silvio Ferraz, pela ajuda).
Agora é possível acessar pelo Google Maps – através do Street View – que a fachada dos três salões possui a mesma cor e as janelas e portas se parecem muito com as da foto do bar do Araújo, cercado pelas igrejas, que circulou em maio de 2015.
Infelizmente está confirmado que o Bar do Araújo não funciona mais, mas a sua localização está definitivamente identificada. Não é no Ceará, muito menos no Paraná.
Se acessarmos o Google Maps – através do Street View – é possível ver que a fachada dos três salões possui a mesma cor e as janelas e portas se parecem muito com as da foto do bar do Araújo, cercado pelas igrejas, que circulou em maio de 2015.
Acontece que as fotografias do Google são antigas e naquela época os salões comerciais ainda não haviam sido alugados. No entanto, o pessoal do BuzzFeed Brasil entrou em contato através do telefone mostrado no banner que aparece na foto do Google e conversou com um homem chamado Gilson, que disse ajudar o dono a alugar o local. Gilson explicou que o Bar do Araújo funcionava ali, mas que foi fechado em setembro de 2014.
Conclusão
O Bar do Araújo existiu mesmo em Palmas, no Tocantins, mas o salão onde ele funcionava está atualmente disponível para aluguel. As igrejas, como podemos verificar nos vídeos, continuam firmes e fortes.
O vídeo abaixo mostrando a localização do Bar do Araújo
segunda-feira, junho 01, 2015
Dois Dedos de Colarinho: O Mimimi do milho na cerveja - até quando
Achei o texto de Márcio Beck bastante interessante e que pode "acalourar" (com uma loira gelada, é claro) as discussões da SOCABA na mesa do Bar:
Por Márcio Beck* - Colunista do O GLOBO
"Tentei não falar nada a respeito. Juro que tentei. Mas todo dia nas comunidades cervejeiras online é a mesma coisa. Dezenas de posts exaltando cervejas por não terem milho em sua composição, e - na melhor das hipóteses - fazendo piadas com as que têm. Na pior das hipóteses, o que se vê é uma espécie de discurso de ódio mesmo. O milho foi eleito pelos neo-cruzados da pureza cervejeira como o símbolo do que existe de errado com a cerveja. O arroz às vezes é mencionado, mas não se tornou tão icônico. Passou a ser cool falar mal dos tais "cereais não-maltados" que a indústria cervejeira coloca marotamente no rótulo, mesmo sem ser capaz de explicar tecnicamente o que eles trariam de ruim para a cerveja.
Por um motivo muito simples: o milho, ou qualquer outro cereal não-maltado, não traz nada de ruim à cerveja. Repito: nada. A única coisa que ele faz na cerveja, de fato, é fornecer açúcar para ser transformado em álcool sem adicionar o mesmo conteúdo de proteínas da cevada, o que torna o produto final mais leve - e obviamente, com menos gosto de cevada. É uma verdade dura, mas que todo cervejeiro honesto aceita: cerveja "puro malte" não é necessariamente boa e cerveja com cereal não maltado não é necessariamente ruim.
O neo-cruzado da pureza cervejeira geralmente reage com uma frase de efeito com a qual espera encerrar o assunto: "Cerveja de verdade é água, malte de cevada, lúpulo e levedura". Esta e suas variações constituem um pseudo argumento que ecoa a lei bávara de 1516, que quatro séculos depois de ser criada se tornou conhecida como "exigência de pureza" (Reinheitsgebot). Pelo que se sabe atualmente, não teve nada a ver com preocupação com a qualidade da cerveja (como já expliquei aqui), mas sim com controle de preços, taxação de matérias-primas e uma disputa política local.
O ser humano - detesto ficar repetitivo, já comentei algumas vezes, mas parece que é difícil entrar na cabeça das pessoas - vem fazendo cervejas há pelo menos 5.500 anos, de acordo com arqueólogos especializados em bebidas fermentadas, e a cevada nunca foi a única fonte de açúcares utilizada para sua produção (trigo, arroz, sorgo, milhete e outros compõem a lista). Só nos últimos 500 essa lei passou a vigorar numa região bem específica da Europa, mas infelizmente acabou se tornando um fetiche moderno e uma ferramenta de marketing das cervejarias alemãs. Se a questão for tradição e antiguidade, o uso de mel e frutas (presentes nas evidências químicas mais antigas de bebida fermentada conhecida atualmente) deveria ser obrigatório hoje em dia."
Para ler a coluna completa: http://blogs.oglobo.globo.com/dois-dedos-de-colarinho/post/o-mimimi-do-milho-na-cerveja-ate-quando.html
* Jornalista, cervejólogo e – às vezes – cervejeiro caseiro. Degustador, entusiasta e pesquisador da bebida fermentada mais consumida do mundo desde dezembro de 2005